Caros leitores, escrevo-lhes espantado, pedindo-lhes que dêem suas opiniões sobre alguns insights e constatações que venho tendo e que, francamente, me assustam. Segue, em forma ainda algo incipiente, o que tenho constatado acerca da questão atual da pedofilia:
1 - Há uma vasta campanha em curso visando fazer com que a pedofilia tenha aceitação social ampla:
1a. Há apenas cinco anos atrás, só havia a NAMBLA (North American Man-Boy Love Association, Associação Americana [em favor] do Amor Homem-Menino), cujos líderes eram procurados pela polícia, etc.
2 - Toda oposição ou é ridicularizada ou exacerbada para que ridicularize a si mesma por parecer excessiva quando confrontada com a "calma" dos meios de comunicação de massa acerca do tema.
1 - Há uma vasta campanha em curso visando fazer com que a pedofilia tenha aceitação social ampla:
1a. Há apenas cinco anos atrás, só havia a NAMBLA (North American Man-Boy Love Association, Associação Americana [em favor] do Amor Homem-Menino), cujos líderes eram procurados pela polícia, etc.
1b. Hoje temos não apenas a Nambla, já "respeitada" e abrigada pela lei de direitos de expressão nos EUA, mas um vasto movimento no meio acadêmico, que já cunhou até mesmo uma expressão politicamente correta para a pedofilia ("Intimidade Intergeracional") e publicou livros aos magotes afirmando que a pedofilia é benéfica para as crianças.
1c. No meio não-acadêmico, a pedofilia está em ascensão:
1c1.Soube que na novela das sete da TV Globo há uma personagem que promete "mostrar-se" a dois menininhos, e deles consegue o que quer, apresentada como no máximo "safadinha", não perversa e abominável. Não vi ainda, não tenho como constatar.
1c2. Faz sucesso nos rádios uma "música" de uma moça que se assina "Kelly Key", em que ela diz a um sujeito que ele deveria ter se aproximado dela antes, mas como não quis por ela ainda ser criança, agora que ela cresceu ele só pode "babar". Em entrevista recente ao jornal "O Dia", ela afirmou que compôs a música a partir de uma experiência sua, quando um professor(!) de educação física rejeitou seus avanços sexuais quando ela tinha nove anos de idade(!), e só se interessou por ela tarde demais(!!), quando ela tinha dez ou onze(!!!). No vídeo-clip, que paguei meus pecados assistindo, um professor assiste um strip-tease de uma aluna (jovem adulta) escondido em uma janela no prédio defronte, e ela sabe disso e o atiça. Ainda que não seja tão explícito quanto o afirmado na entrevista, relação professor-aluno é assemelhada à pai-filho; para um bom professor, seus alunos são sempre crianças por definição. Mesmo quem nunca pensou sobre isso age assim naturalmente, o que faz com que esta indução a uma relação sexualizada entre professor e aluno esteja dentro deste quadro de propaganda da pedofilia.
1c3. Os meios de comunicação de massa se esmeram em misturar crianças e apelo sexual, seja diretamente (como recentemente, ainda no mesmo jornal O Dia - que por sua moral laxa apresenta antes que os outros por escrito reflexos do que se vê na TV - quando reportagem de moda apresentou uma atriz de seus onze anos de idade que era apresentada como "uma Lolita"), seja indiretamente (como uma das primeiras ocorrências desta campanha, o chamado "baby look", quando moças feitas usavam roupas justas com figuras de desenhos animados, marias-chiquinhas nos cabelos, etc.).
1c4. Do mesmo modo, as crianças de dez e onze anos de idade são incentivadas a vestir-se de maneira sensual e, pelo menos, "ficar" em festas. Uma menina de onze anos de idade que jamais teve uma língua alheia a poucos centímetros de suas amídalas é vista pelas colegas como uma fracassada. Isso começou quando a Srta. Xuxa, há cerca de seis ou sete anos atrás começou a vestir as meninas de prostitutas sadomasoquistas. Lembro-me de meu espanto ao desembarcar no Aeroporto do Galeão e ver todas as meninas impúberes vestidas de minissaias de couro, botas e correntes. Faltava então apenas o chicote, que veio depois com a "Tiazinha" (outra apelação indireta à relação professora(a}/aluno). Do mesmo modo, os cadernos escolares hoje trazem fotos de homens e mulheres fazendo poses sensuais, ainda que (por enquanto?) semi-vestidos.
1d. Podemos assim dizer que a visão de pedofilia apresentada nos meios de comunicação de massa atualmente é aproximadamente equivalente à apresentação do homossexualismo há cerca de trinta anos atrás. Enquanto hoje a Srta. Kelly Key manda que apenas "babe" o sujeito que se recusou à pedofilia e depois se arrependeu, há trinta anos atrás Mick Jagger e David Bowie eram "flagrados" na cama pela esposa de um deles (notícia amplamente divulgada então, o que não seria o caso se não houvesse interesse em relacionar o papel de modelos para adolescentes destes cantores com a sodomia); enquanto hoje uma atriz de onze anos faz caras e bocas e posa de "Lolita", trinta anos atrás Ney Matogrosso afirmava-se "andrógino", etc..
2 - Toda oposição ou é ridicularizada ou exacerbada para que ridicularize a si mesma por parecer excessiva quando confrontada com a "calma" dos meios de comunicação de massa acerca do tema.
2a. Basta que vejamos, por exemplo, estas absurdas acusações de pedofilia feitas a padres sodomitas e pederastas (mas não pedófilos). O propósito me parece evidente. Além de permitir que se combata a Igreja (o que acusações de sodomia não permitiriam, posto que os acusadores só poderiam acusar a Igreja de reprimir a "saudável" sexualidade sodomita dos padres), isto prepara o terreno para que venha um discurso (que já está botando sua cara feia de fora) de que é a exigência de celibato que faz isso ou aquilo, etc., mais ou menos o mesmo que foi feito para preparar o caminho para a aceitação social da sodomia. Há um artigo interessante sobre isso do Olavo de Carvalho no Globo de ontem: http://oglobo.globo.com/colunas/olavo.htm .
2b. O combate à pedofilia cada vez mais toma uma forma "medicalizada", falando não de criminosos, mas de pessoas que têm uma doença. Quem ousa falar de criminosos é ostracizado. A próxima etapa seria dizer que a doença não é doença, como foi feito com a sodomia.
2c. As reportagens sobre sexualização da infância jamais vêm junto com as sobre pedofilia (no máximo um quadro lateral procura "apontar a diferença para que não se tome conclusões apressadas"). As primeiras procuram "provar" que as reclamações são coisa de reacionários fanáticos que não percebem que os tempos mudaram, e as segundas ou pintam o pedófilo como um pobre doente que precisa de ajuda (leia-se "não de condenação") ou procuram atribuir a pedofilia ao celibato, etc.
2d. As próprias teses freudianas sobre as causas da pedofilia (despertar precoce da fase de latência causado por estimulação de natureza sexual antes do tempo, para resumir muito) - que quando contrapostas às suas teses sobre a sexualidade infantil ("perversos polimorfos sexuais", é como o barbudo vienense chamava as crianças) mostram que mesmo que a criança tenha uma sexualidade, ela é diferente da do adulto e não deve ser posta em contato com esta - sumiram dos meios de comunicação de massa, persistindo apenas o discurso freudiano, apontado pelo Olavo de Carvalho, que ressalta a existência de uma sexualidade na criança.
Peço comentários.
©Prof. Carlos Ramalhete - livre cópia na íntegra com menção do autor
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