II
A SUPERSTIÇÃO DO DIVÓRCIO (2)
A SUPERSTIÇÃO DO DIVÓRCIO (2)
Autor: G.K. Chesterton
Tradução: ©Prof. Carlos Ramalhete
Tradução: ©Prof. Carlos Ramalhete
Dei o título de “A Superstição do Divórcio” aos dois ou três artigos que publiquei sobre este tema; não se trata de um título tomado ao acaso. Enquanto o amor livre me parece uma heresia, o divórcio realmente me parece uma superstição. Não apenas é mais supersticioso que o amor livre, mas é muitíssimo mais uma superstição que o matrimônio sacramental mais estrito; dificilmente seria possível exagerar ou insistir demais sobre este ponto.
Este é um trabalho em curso; antes de atingir sua forma final para publicação impressa, este texto ainda será cotejado novamente com o original, e a ele serão acrescentadas notas explicativas que facilitem sua compreensão pelo leitor atual.
São os partidários do divórcio, não os defensores do matrimônio, que atribuem uma santidade rígida e sem sentido a uma mera cerimônia, sem considerar o próprio sentido da cerimônia. São os nossos oponentes, não nós, que esperam ser salvos pela letra do ritual, ao invés de pelo espírito da realidade. São eles que defendem que votos ou abjurações, lealdades ou deslealdades, tudo pode ser jogado às traças por meio de um rito mágico e misterioso, encenado primeiro num tribunal e depois numa igreja ou cartório. Há pouca diferença entre as duas partes do ritual, a não ser o fato de o tribunal ser mais ritualístico, mas os paralelos mais evidentes mostrarão a qualquer um que se trata da mais bárbara e primitiva credulidade.
Pode ou não ser superstição que um homem creia que ele deva beijar a Bíblia para mostrar que irá dizer a verdade. É, contudo, a mais abjeta das superstições crer que, se ele plantar um beijo numa Bíblia, apenas a verdade sairá de seus lábios. Seria, certamente, a mais negra e mais amaldiçoada das bibliolatrias sugerir que um mero beijo num mero livro pudesse alterar a qualidade moral do perjúrio. No entanto, é precisamente isto que se implica ao dizer que o recasamento formal altera a qualidade moral da infidelidade conjugal.
Pode ter sido um sinal da Era das Trevas que Haroldo devesse jurar sobre uma relíquia, ainda que mais tarde fosse abjurar o que jurou. Certamente, no entanto, esta Era estaria em mais negras trevas ainda se se contentasse com um juramento feito sobre uma relíquia e uma abjuração feita sobre outra. É, todavia, este o novo altar que estes reformadores nos edificariam, erigindo-o sobre as relíquias mofadas e sem sentido de sua lei morta e de sua religião moribunda.
De qualquer modo, estamos tratando de uma ideia, uma coisa do intelecto e da alma, que nós percebemos como sendo inalterável por manobras legais. Tratamos, sim, da idéia de lealdade; talvez seja uma ideia fantástica, ou talvez apenas esteja fora de moda, mas é sempre uma ideia que podemos explicar e defender como ideia.
Já apontei que muitos homens sãos aderem ao nosso ideal no caso do patriotismo ou do espírito público, da necessidade de salvar o estado a que pertencemos. O patriota pode acusar, mas não abjurar, o seu país; ele o amaldiçoa para curá-lo, não para que ele se enfraqueça. Os antigos cidadãos pagãos se sentiam assim em relação à cidade, e assim se sentem os modernos nacionalistas em relação ao país.
Até mesmo os meros internacionalistas modernos se sentem assim acerca de algo, mesmo que seja apenas a nação humana. Nem mesmo um humanitarista se torna um misantropo e vai morar na jaula dos macacos. Nem mesmo um comunista ou coletivista vai, desapontado, retirar-se para a sociedade exclusiva dos castores, por serem os castores comunistas dotados da solidariedade que mais tem consciência de classe. Ele admite a necessidade de manter-se junto às criaturas que são como ele e implora que deixem de lado o uso do pronome possessivo, por mais dolorosos que seus esforços lhe pareçam após um certo tempo. Mesmo um pacifista não prefere os ratos aos homens, apoiando-se no fato de ser a sociedade dos ratos tão desprovida da mácula do entusiasmo guerreiro que sempre vá abandonar o navio que afunda. Resumindo, todos reconhecem haver um navio, pequeno ou grande, que não se deve abandonar, mesmo quando cremos que esteja afundando.
Podemos, assim, afirmar que há instituições às quais nos ligamos permanentemente, assim como há outras às quais nos ligamos temporariamente. Vamos de loja em loja, procurando o que queremos, mas não vamos de nação em nação a fazer a mesma coisa, a não ser que pertençamos a um certo grupo que agora está sendo levado ao extermínio. No primeiro caso, nossa ameaça é a de deixar de ser freguês; no segundo, nossa ameaça é a de nunca a abandonar, de permanecer na instituição para todo o sempre. A hora em que a loja perde seus fregueses é a hora em que a nação precisa de seus cidadãos; ela precisa deles, contudo, como críticos que sempre permaneçam para criticar.
Não é a hora de enfatizar a tremenda necessidade deste esforço duplo pela reforma interna e pela defesa externa; toda a tragédia que vem encobrindo a terra em nossos dias não é mais que uma terrível ilustração deste fato. As marteladas vêm agora fortes e velozes, preenchendo o mundo com suas trovoadas infernais, e permanece o som ferroso de algo inquebrável, mais profundo e mais alto que tudo o que se esfacela. Podemos amaldiçoar os reis, desconfiar dos capitães, resmungar quanto à própria existência dos exércitos. Mas sabemos que, nos dias que se aproximam, nenhum homem irá abandonar sua bandeira.
Ao passar da lealdade à nação à lealdade à família, não há dúvida sobre a primeira e mais evidente das diferenças. A diferença é que a família é algo muito mais livre. O voto é uma lealdade voluntária; e o voto matrimonial marca-se, entre os votos ordinários de fidelidade, pelo fato de esta fidelidade ser também uma escolha. O homem não é apenas um cidadão desta cidade, mas também um seu fundador e construtor. Ele não é apenas um soldado que serve uma bandeira, mas é alguém que selecionou pessoalmente, com dedo de artista, suas cores e combinações, como quem escolhe com carinho as cores de um vestido.
Se é admissível requerer-lhe que seja fiel à comunidade que o criou, não seria menos liberal requerer-lhe que seja fiel à comunidade que ele mesmo criou. Se a fidelidade cívica for, como é, uma necessidade, ela é também, em um certo sentido, uma restrição. A velha piada contra o patriotismo, a ironia gilbertiana, parabenizava o inglês por ter demonstrado fino bom gosto ao nascer na Inglaterra. Plausivelmente, acrescentava “pois ele poderia ser russo”; talvez fosse interessante ver gente que achasse que poderia passar a ser russo quando se lhes desse vontade.
Se o senso comum considera natural até mesmo uma lealdade tão involuntária, não seria de se espantar se considerássemos ainda mais natural a lealdade que, ela sim, é voluntária.
E o pequeníssimo estado fundado sobre os sexos é ao mesmo tempo o mais voluntário e o mais natural de todos os estados autônomos. Não é verdade que o Sr. Brown poderia ser russo; mas é verdade que a Sra. Brown poderia ser a Sra. Robinson.
Não é difícil perceber que esta pequena comunidade, tão especialmente livre no tocante a sua causa, forçosamente será especialmente demandante no tocante a seus efeitos. Não é difícil perceber que o voto feito com maior liberdade é o voto que é mantido com maior firmeza. A ele estão ligadas, pela ordem natural das coisas, consequências tão tremendas que nenhum contrato lhe poderia ser comparado. Não há contrato algum, a não ser o que se diz ser assinado com o próprio sangue, que possa invocar espíritos das profundezas, ou trazer querubins (ou gnomos saltitantes) para habitar uma casinha suburbana. Não há linha traçada a caneta que crie corpos e almas reais, ou que faça os personagens de um romance ganhar vida.
A instituição que tanto confunde os intelectuais pode ser explicada pelo simples fato material (que até mesmo intelectuais conseguem perceber) de que as crianças costumam ser mais jovens que os pais. “Até que a morte nos separe” não é uma fórmula irracional para quem quase certamente irá morrer antes de ver mais que metade da coisa tão fabulosa (ou tão alarmante) que se fez.
Esta é, num esboço rápido e grosseiro, a coisa tão óbvia, aqui apresentada em benefício de quem não perceba o quanto ela é óbvia. | |||
Bem sei eu que há homens pensantes dentre os que querem mexer no casamento; e eu espero que alguns dentre eles queiram responder às minhas indagações. No momento, contudo, faço apenas uma pergunta: será que o movimento pró-divórcio, no parlamento e nos jornais, mostra um traço qualquer, uma sombra que seja, destas verdades fundamentais? Será que ele as vê como um teste real de suas ideias? Será que ele chega a discutir a natureza de um voto, os limites e os objetos da lealdade, a sobrevivência da família como um estado pequeno e livre? | |||
Este é um trabalho em curso. Ele está sendo publicado aqui à medida que o trabalho progride, para possibilitar um acesso ao menos parcial dos leitores brasileiros a esta obra do grande escritor inglês. | |||
Os autores parecem contentar-se em dizer que o Sr. Brown não está confortável com a Sra. Brown; esta emancipação derradeira, aliás, no caso dos casais separados, parece indicar apenas que ele continua desconfortável, mesmo sem a Sra. Brown ao seu lado. Não estamos em um tempo em que o desconforto seja o teste final da ação pública. |
Quanto ao resto, os reformadores mostram, por meio de estatísticas, que as famílias estão, de fato, tão desordenadas na nossa anarquia industrial que mais valeria que elas abandonassem qualquer esperança de achar o caminho de volta para casa. Estou familiarizado com o raciocínio que visa tornar o mal pior ainda; eu o vejo, por toda parte, conduzindo sempre à escravidão. Se a Ponte de Londres está quebrada, deveríamos presumir que pontes não devem ligar um lado ao outro. Se o comercialismo e o capitalismo londrino fizeram uma boa imitação do Inferno, deveríamos continuar a imitá-los. De todo modo, há quem mantenha a convicção que a antiga ponte construída entre as duas torres dos sexos seja a mais digna de todas as grandes obras da terra.
É demasiadamente característico dos duros anos do pré-Guerra que as formas de liberdade que parecem ter sido sua especialidade sejam o suicídio e o divórcio. Não estou, no momento, me pronunciando sobre o problema moral de qualquer um deles; apenas observo, como sinais dos tempos, estes dois conselhos, verdadeiros ou falsos, que nos dá o desespero: o fim da vida e o fim do amor. Outras formas de liberdade, enquanto isso, foram sendo cerradas uma a uma. A liberdade era a única coisa condenada ao mesmo tempo pelos progressistas e pelos conservadores.
Os socialistas pareciam mais preocupados com a prevenção de greves, a ser obtida pela arbitragem estatal; ou seja, acrescentando-se mais um rico para dar o voto de Minerva entre ricos e pobres. Mesmo ao defender o que eles chamavam de direito ao trabalho, eles tacitamente abdicaram do direito de deixar de trabalhar. Os conservadores pregavam o alistamento militar obrigatório, nem tanto para defender a independência da Inglaterra quanto para destruir a independência dos ingleses. Os liberais, evidentemente, estavam principalmente ocupados com a eliminação da liberdade, especialmente no tocante à cerveja e às apostas.
Brigar era infame e mesmo discutir era arriscado, pois citar qualquer fato atual e de conhecimento geral poderia levar a um processo por difamação. Enquanto todas estas portas eram efetivamente fechadas na nossa cara ao longo dos impecavelmente azulejados corredores gelados e tristes do progresso, as portas da morte e do divórcio permaneciam, só elas, escancaradas; ou melhor, sendo cada vez mais e mais alargadas.
Eu não espero que os oponentes do divórcio admitam qualquer semelhança entre estas duas coisas; o paralelo, contudo, não é irrelevante. Ele pode ajudá-los a perceber os limites dentro dos quais o nosso instinto moral consegue, nem que seja apenas para possibilitar a discussão, tratar esta solução tresloucada como um objeto de desejo normal. O divórcio é, para nós, na melhor das hipóteses um fracasso, e estamos mais preocupados em descobrir e curar a sua causa que em completar os seus efeitos. E vemos um sistema que produz tantos divórcios quanto o nosso como um sistema que leva os homens a se afogar e a dar tiros na própria cabeça.
Por exemplo, a queixa mais comum que se faz contra o sistema judicial é que os pobres não conseguem ter acesso a ele. Trata-se de um argumento que eu normalmente ouviria com simpatia. Mas, ainda que eu condene a lei por ser um luxo, o meu primeiro pensamento é que o divórcio e a morte são luxos em um sentido bastante estranho. Não deveria ser uma queixa do pobre que seja demasiadamente alto o preço do veneno, ou que todos os precipípios de altura propícia ao suicídio estejam em propriedades particulares de acesso restrito. Há outros preços e outros precipícios que convêm atacar primeiro. Devo admitir que, abstratamente, o que é bom para um é bom para o outro, que o que é bom para o rico é bom para o pobre, mas a minha impressão primeira e mais forte é que veneno não faz bem a ninguém. Temo que eu puxasse pelo colarinho, num impulso momentâneo, um pobre funcionário ou artesão que eu encontrasse prestes a pular de um precipício, ainda que o fundo do vale já estivesse coberto com os restos mortais dos duques e banqueiros que pularam antes.
Em um aspecto, contudo, concedo de bom grado, o culto do divórcio difere do culto à morte: o culto à morte já morreu. Os que eu conheci, quando jovem, como jovens pessimistas são hoje otimistas envelhecidos. E, o que vem mais a propósito, mesmo quando estava ainda presente, este culto era limitado; era coisa de um grupo, numa determinada classe. Sabemos da regra das antigas comédias: se a heroína enlouquecia vestida de cetim branco, sua confidente enlouquecia vestida de musselina da mesma cor. Mas quando, em alguma tragédia do temperamento artístico, o pintor se suicidava vestido de veludo, nunca se implicava que o encanador devesse se matar vestido de brim. Nunca foi defendido que a empregada de Hedda Walter devesse agonizar dolorosamente sobre o carpete (ainda que suas condições de trabalho devam ter sido bastante desagradáveis), ou que o mordomo de Madame Tanqueray devesse fazer como um bufão romano e atirar-se sobre sua própria faca de trinchar. Esta forma particular de bufonaria, romana ou não, foi um privilégio oligárquico de uma época decadente. O pessimismo, que nunca foi popular, nem mesmo na moda está ainda. Um destino, porém, bem diferente atingiu a outra moda, aqueloutra espécie deprimente de liberdade.
Se o divórcio for uma doença, não é mais uma doença chique, como a apendicite, mas uma epidemia, como o sarampo. Já vimos que os jornais e os homens públicos, hoje em dia, fazem uma tremenda algazarra ao proclamar a necessidade de ajudar os pobres a obter um divórcio. Mas por que tanto ansiariam eles pela liberdade do pobre se divorciar, e nem um pouco por que ele tenha qualquer outra liberdade? Por que as mesmas pessoas ficam felizes, à beira das gargalhadas, quando ele se divorcia, e horrorizadas quando ele bebe uma cerveja? O que o pobre faz com seu dinheiro, o que acontece com seus filhos, onde ele trabalha, quando ele sai do serviço, tudo isso está cada vez menos sob o controle dele. Bancos de Empregos, Carteiras de Trabalho, Seguros-Desemprego e centenas de outras formas de supervisão e inspeção policial foram combinadas, para o bem ou para o mal, para fixá-lo cada vez mais estritamente em um determinado lugar na sociedade. Cade vez menos lhe é permitido procurar outro serviço; por que cargas d’água se lhe quer permitir que procure outra mulher?! Ele está cada vez mais constrito a obedecer a uma espécie de lei muçulmana que proíbe a bebida; porque facilitar que ele abandone a velha lei cristã sobre o sexo?! Qual é o sentido desta imunidade misteriosa, desta permissão especial para o adultério? Porque a única alegria que ainda lhe está aberta deveria ser fugir com a mulher do vizinho?! Porque ele deveria amar como lhe der na telha, se não pode viver como lhe dá na telha?!
A resposta, lamento dizê-lo, é que esta campanha social, na maioria senão em todos os seus proponentes mais proeminentes, baseia-se, neste tema, em um interesse particular do tipo mais hipócrita e pestilento. Há defensores da democratização do divórcio que são realmente defensores da liberdade democrática em geral. Estes, contudo, são a exceção. Mais ainda: eu diria, com todo o respeito, que são fantoches.
A onipresença do assunto na imprensa e na sociedade política é devida a um motivo diametralmente oposto ao que é abertamente professado. Os governantes modernos, que são simplesmente os ricos, mudam muito pouco em sua atitude em relação aos pobres. É o mesmo espírito que arranca deles os filhos com o pretexto da ordem e quer lhes arrancar a esposa com o pretexto da liberdade. Quem deseja, como diz a letra da música satírica, “destruir o lar feliz”, busca antes de tudo o mais não destruir a fábrica, que não é nem um pouco feliz.
O capitalismo, é claro, está em guerra contra a família, pela mesma razão que o levou à guerra contra o sindicato. Este é, realmente, o único sentido em que o capitalismo está ligado ao individualismo; o capitalismo acredita no coletivismo para ele mesmo e no individualismo para seus inimigos. Ele quer que suas vítimas sejam indivíduos, ou, em outras palavras, quer atomizá-los. A palavra “átomo”, no seu sentido mais claro (que não é nem um pouco evidente) pode ser traduzida como “indivíduo”. Se restar alguma ligação ou fraternidade, se houver qualquer lealdade de classe ou disciplina doméstica pela qual o pobre possa ajudar o outro pobre, estes emancipadores farão o que puder para afrouxar este laço ou destruir esta disciplina da maneira mais liberal possível. Se houver tal fraternidade, estes individualistas vão redistribuí-la na forma de indivíduos; ou, em outras palavras, atomizá-la, reduzi-la a átomos.
Os mestres da plutocracia moderna sabem o que estão fazendo. Eles não estão cometendo nenhum engano. Eles podem ser inocentados de qualquer acusação de incoerência. Um instinto preciso e muito profundo levou-os a determinar que o lar humano é o obstáculo maior diante de seu progresso desumano. Sem a família não há recurso diante do Estado, que em nosso caso, na modernidade, é o Estado Servil. Para usar uma metáfora militar, a família é a única formação em que o ataque dos ricos pode ser debelado. É uma força que forma casais como os soldados formam esquadras e que, em todos os países agrários, guardou a casa ou o sítio como a infantaria guardou sua trincheira contra a cavalaria.
Como esta força o opera, e o seu porquê, tentaremos explicar no último destes artigos. Mas é quando ela está prestes a ser destroçada pelos cavaleiros do orgulho e do privilégio, como na Polônia ou na Irlanda, quando a batalha se torna mais desesperada e a esperança é mais obscura, que os homens começam a entender porque este voto selvagem, no seu início, já era mais forte que todas as lealdades deste mundo; e o que pareceria fugaz como uma aparição é tornado permanente, na forma de um voto.
Autor: G.K. Chesterton
Tradução: ©Prof. Carlos Ramalhete
Tradução: ©Prof. Carlos Ramalhete
Este é um trabalho em curso; antes de atingir sua forma final para publicação impressa, este texto ainda será cotejado novamente com o original, e a ele serão acrescentadas notas explicativas que facilitem sua compreensão pelo leitor atual.
Ele está sendo publicado aqui à medida que o trabalho progride, para possibilitar um acesso ao menos parcial dos leitores brasileiros a esta obra do grande escritor inglês.
Como esta versão é preliminar, pedimos sinceras desculpas por quaisquer enganos e agradecemos toda sugestão e auxílio que nos venham a ser prestados.
Ótima traduçao prof. Carlos
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